Você será como um jardim bem regado, como uma fonte cujas águas nunca faltam. Isaías 58:11, NVI
Minha irmã, Seisinha, tem um jardim muito lindo, que exala uma fragrância maravilhosa. Muito amor e dedicação estão envolvidos em seu cuidado. Ela cultiva ampla variedade de belas flores, e as rosas, especialmente, nos presenteiam com um aroma extraordinário e uma deslumbrante visão de beleza. Quando passamos por esse jardim, nos enchemos de admiração por causa da exuberância da natureza. Cada uma das várias espécies de rosas demonstra sua beleza e um encantador poder de cativar.
Todas as manhãs, diante de inumeráveis botões desabrochando e a expectativa de fragrâncias de amor, os beija-flores transmitem uma mensagem que nos atinge profundamente o coração. Parece que desejam oferecer-nos uma verdadeira compreensão do poder do nosso Criador. Quem mais poderia proporcionar essa ternura, variedade de cores e o doce aroma que as flores produzem? Ninguém, a não ser nosso poderoso Deus. Essa é uma das maiores evidências de Seu poder diante do Universo.
Assim como as frágeis rosas existem para recender sua fragrância, nós também devíamos oferecer-nos ao Senhor como flores do Seu jardim. É necessário que aprendamos a unir amor, caridade, compreensão e desprendimento, e transformar tudo num grande buquê para ser entregue às Suas mãos, dizendo: “Senhor, toma este ramalhete e coloca-o no Teu jardim. Ajuda-nos a exalar uma fragrância pelo serviço que prestamos, para ser colocado no Teu coração.” Dizem que, se aprendemos a linguagem das flores e conversamos com elas, poderemos sentir que elas também glorificam e louvam a Deus, que tem infinito amor por todo ser vivo.
É gratificante saber que também somos cuidadas pelo mais diligente e singular jardineiro, Jesus Cristo, que constantemente cuida de suas pequenas, delicadas e frágeis rosas: a humanidade. É extraordinariamente agradável contemplar as flores quando imaginamos fazer parte daquelas que um dia estarão no Jardim do Éden.
Ó Pai, ajuda-nos a ser como as rosas, recebendo de Ti um perfume muito especial e partilhando-o com as pessoas ao nosso redor. Que nossa fragrância ascenda ao Teu trono, nas mansões celestes.
Maria Sinharinha de Oliveira Nogueira
Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus. Filipenses 2:5
Havia sido uma semana muito desafiadora, com exigências vindo de todas as direções. Era sexta-feira de manhã, e meu cabelo estava um desastre. Enquanto me dirigia ao salão da Sra. Jerri, minha mente se ocupava com os cuidados deste mundo. Trabalhos do dia anterior por terminar, ligações a serem retornadas, e-mails não respondidos, contas a pagar, mais coisas por fazer e a preparação para o dia seguinte. Comecei a sentir dor de cabeça. Entrei no salão em meio a um burburinho de atividade – mulheres rindo e falando de qualquer coisa, desde penteados e notícias locais até política. Relaxei, enquanto me afundava no sofá de camurça chocolate. Não demorou muito para que a Sra. Jerri me chamasse para lavar o cabelo. Ela me pôs uma toalha limpa ao redor do pescoço e delicadamente acomodou minha cabeça para trás, dentro do lavatório. Enquanto a água morna e espumosa massageava meu couro cabeludo, fechei os olhos e decidi aproveitar aquela breve sessão de paparicos. Comecei a me sentir descansada, relaxada, revigorada e rejuvenescida. Minha mente ficou mais clara e menos sobrecarregada. Era como se o próprio Senhor me acolhesse em Seus fortes porém ternos braços protetores. Desejei ficar ali para sempre. Então, exatamente quando eu ia cair num sono profundo, a Sra. Jerri disse algo que mudou meu dia e minha perspectiva.
“Menina, estou ficando maluca!” Ela quase cochichou aquilo, como se não quisesse interromper minha serenidade. Abri rapidamente os olhos para ver sua expressão. Ela estava sorrindo, como se dissesse: “Você não sabe do que estou falando, não é?” Eu me senti meio confusa, mas ela passou a se explicar. “Quando você fica doida por Jesus, essa é a melhor forma de perder a cabeça. A vontade dEle se torna a sua vontade, e os pensamentos dEle se tornam os seus pensamentos.” A Sra. Jerri caiu na risada, bateu no meu ombro e disse: “Eu quero ficar doida!”
Concordei com ela. “Eu também!”
Companheiras, vocês não querem, junto comigo, dar seu tudo para o Mestre?
Terrie Ruff Long
Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo. Provérbios 25:11
Rostos alegres sorriam para mim nas fotos do livro de recordações do quinquagésimo encontro de ex-alunos do ensino médio. Não me fora possível ir à reunião, mas os coordenadores me enviaram gentilmente o livro quando o solicitei.
Ansiosamente, examinei cada foto, tentando relacionar os rostos sorridentes dos idosos cidadãos que me olhavam a partir daquelas páginas com os risonhos adolescentes dos meus dias de ensino médio. Então, o rosto de um homem me fez parar. Eu me lembrava daquele senhor como um garoto adolescente, alto, loiro, em várias das nossas aulas, e de um incidente no qual ele me ensinou uma lição maravilhosa de bondade. Agora, tantos anos mais tarde, não me recordo em que série estávamos nem para qual matéria eu devia fazer uma apresentação oral. Só me lembro de como me sentia apreensiva.
Falar em público foi sempre difícil para mim, porque gaguejo. Naquele dia, tentei começar minha fala, mas a língua travou. Em vez de começar com uma corrente de sílabas repetidas, parei antes de iniciar de novo, respirei fundo e abri a boca para falar – só para ter a língua travada de novo.
Então, Roger Butt, que se sentava na frente do estrado, disse: “É bonito esse vestido.”
Olhei para ele. Ele estava olhando para o meu vestido, e não para minha face ruborizada, e repetiu o que dissera, com a voz alta o suficiente para que eu ouvisse: “Sim, esse vestido é bonito. É o mais bonito que vi hoje.”
Desviada do meu desconforto, abri a boca e fiz minha apresentação, sem uma única sílaba repetida ou palavra gaguejada.
Pelo menos 50 anos passaram desde aquele dia de outono, quando um garoto adolescente viu uma menina tendo dificuldade para começar sua tarefa na aula e se expressou suavemente para acalmá-la e incentivá-la. Nunca me esqueci de sua bondade, sua sensibilidade, seu esforço por me distrair do meu problema, a fim de que eu pudesse fazer o que se requeria de mim.
Senhor, que eu esteja sempre disposta a apoiar e animar aqueles que me rodeiam. Que eu busque sempre a Tua sabedoria na maneira de falar, e que, por favor, eu seja suficientemente sensível para saber quando dizer as palavras que me dás para falar.
Darlenejoan McKibbin Rhine
Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários. Salmo 23:5
Muitas vezes já li o Salmo 23, e o mencionei, estudei e escrevi no meu diário. Mas hoje uma palavra saltou diante de mim. Uma palavra simples, de quatro letras. Aprendemos a soletrá-la na primeira série, e todas nós possuímos uma em casa: uma mesa.
Nossa mesa foi a primeira peça de mobília que compramos juntos, como casal. É uma mesa de carvalho e precisa de um novo acabamento. Marcada por 30 anos de uso, ela já residiu em quatro casas e nos viu aumentar de duas para seis pessoas – e agora para 10. Nos feriados, quatro gerações e 16 pessoas se reúnem ao redor desta mesa.
Nossa mesa representa a família. Recordo com carinho os jantares e ocasiões especiais, quando a família se reúne ao redor da mesa. Sentimo-nos ligados e, acima de tudo, amados.
Reunir-nos em volta da mesa da família toma tempo. Passo tempo preparando a refeição; os filhos gastam tempo vindo de carro para cá. Tomamos tempo após a refeição para conversar e depois fazer algo especial. No dia seguinte, passo tempo lavando a louça e limpando tudo, enquanto me lembro das horas felizes que tivemos. Preciosas recordações.
Deus preparou uma mesa para nós, e Ele não arrumou simplesmente a louça, preparou o alimento e a bebida e depois Se afastou. Deus nos espera junto a essa mesa, porque não deseja apenas nutrir-nos, mas passar tempo conosco.
Como é o tempo que você passa com Deus à mesa? Você toma tempo para sentar-se e provar tudo o que Deus lhe oferece? Deus deseja dar-lhe Seu tempo, Seu descanso, Sua cura, uma festa espiritual especial que planejou especialmente para você – tudo o que você anela pode ser encontrado à mesa de Deus. Nossas desculpas, como “estou ocupada demais” ou “não tenho tempo” ou “preciso ir”, são inimigas de nosso tempo com Deus; porém, a mesa dEle está preparada na presença dos nossos inimigos.
Os inimigos – lutas e problemas da vida – não se afastarão, mas a mesa de Deus está sempre lá, no meio deles. À mesa de Deus, você encontrará as respostas, o descanso e a força para enfrentar os inimigos. Sente-se e participe da bondade de Deus, junto com Ele.
Judy Musgrave Shewmake
Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por Nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim. Isaías 6:8
Era a minha vez de dirigir o carro num passeio outonal contornando o Lago Michigan. O tempo era bom, a paisagem bonita, e meu esposo dormia. Parecia uma boa ocasião para continuar ouvindo a Bíblia pelo cassete. Apertei o botão e o livro de Jonas começou. Às vezes, é mais fácil entender a Palavra ouvindo do que lendo, e, embora conheçamos a história de Jonas há muitos anos, fiquei intrigada com o que ouvia. Aqui estava a história de um homem de Deus que não queria ser homem de Deus.
Já observou criancinhas quando estão aprendendo a comunicar-se? Quase todas passam por uma fase em que a resposta para cada pergunta é um simples e direto “não” ou então “ã-ã”. O vocabulário de Jonas parecia igualmente limitado. Deus lhe disse que havia uma cidade que precisava ser advertida acerca de uma condenação iminente e que ele devia ser o pregador. “Ã-ã”, disse ele. Como você sabe, algumas circunstâncias desagradáveis (como estar alguns dias no ventre da baleia) fizeram com que ele mudasse de ideia. Mas sua atitude ainda era de “ã-ã”.
Finalmente, Jonas foi – um homem em missão – à notoriamente ímpia cidade de Nínive, cujo tamanho equivalia a três dias de jornada para percorrê-la, sendo a jornada de um dia 35 quilômetros, e uma população de 120.000 pessoas. Ele começou a pregar no seu primeiro dia de jornada pela cidade. As pessoas ouviram e se arrependeram. Até o rei soube da notícia e proclamou um período de jejum e súplicas a Deus. “E Deus Se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez” (Jonas 3:10). Ficou Jonas feliz com o sucesso do seu ministério? Ã-ã. Existe algum evangelista que não ficaria satisfeito com esse número – 120.000 conversos em uma campanha? Ao encerrar-se o livro, Deus ainda está lá, repreendendo gentilmente. Jonas, contudo, está sentado sob um Sol ardente, fazendo beicinho e pensando em suicídio. Espero que a conclusão derradeira e desconhecida dessa história tenha sido mais empolgante.
Está Deus chamando você e eu para um ministério que podemos concretizar, mas que talvez não queiramos? Somos rápidas em responder ã-ã, a ponto de fazê-lo tantas vezes que essa pareça ser a resposta normal? Sim, Deus está chamando. Como seria melhor ter a resposta de Isaías: “Eis-me aqui, envia-me a mim”!
Diana Inman
Antes mesmo que Me chamem, Eu os atenderei; antes mesmo de acabarem de falar, Eu responderei. Isaías 65:24, NTLH
É surpreendente como Deus Se apresenta de maneiras que nunca imaginaríamos. Quando precisamos dEle, Ele está presente a cada passo do caminho, dia após dia.
Uns 12 anos atrás, meu esposo esteve hospitalizado várias vezes por causa de diabetes, e se recuperou bem. Então, uns dois anos atrás, tudo começou a acontecer de novo. Ele sofreu a amputação do dedão do pé, amputação da perna esquerda e de uma úlcera no calcanhar direito. Como o calcanhar não sarava, o médico quis fazer nova amputação. Oramos para que isso não fosse necessário. Ficamos sabendo de um especialista em tratamento de feridas, mundialmente renomado, de outro hospital, que usava um sistema que havia dado bons resultados nesses casos. Sua agenda estava superlotada, mas meu Deus interveio.
Enquanto orávamos, Ele resolveu as coisas. Um dos médicos residentes que cuidava do meu esposo também trabalhava com esse especialista. Ele contou ao especialista sobre o caso do meu esposo, e o especialista tomou meu marido sob seus cuidados. Antes da cirurgia, o médico nos disse: “Não vou garantir nada, mas já fiz muitas dessas.” Eu lhe disse que estaríamos orando. Quando ele fez a visita no dia seguinte para avaliar o resultado, disse: “Vencemos esta aqui.” Graças a Deus!
O Senhor colocou em nosso caminho a pessoa certa, que acreditava na oração, no momento em que precisávamos dela.
O processo de reabilitação é prolongado. Embora perguntemos por que, e não entendamos, simplesmente cremos que Deus fará o que é melhor. Enquanto escrevo esta página, meu esposo está fazendo bom progresso com a prótese e o aparelho no outro pé, e quanto ao mais está bem. Somos gratos a Deus por ter-lhe poupado a vida e feito com que se aproximasse ainda mais de Jesus, que tantas coisas sacrificou por nós.
Quando Cristo vier, seremos ressuscitados, e meu esposo ressurgirá com um novo corpo e duas pernas perfeitas. Qual é o motivo do seu louvor a Deus hoje?
Marie H. Seard
Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade. Filipenses 2:13
Eu me olhei no espelho, certa manhã, e vi o que parecia uma mulher selvagem da floresta. Escovar e pentear só fazia meu cabelo armado ficar pior. Apliquei água, mas agora simplesmente parecia uma mulher selvagem da floresta surpreendida por um aguaceiro.
“É hora de cortar o cabelo”, disse eu ao rosto no espelho. Cheguei a pensar em pegar a tesoura e dar um jeito nele eu mesma. Todavia, já tentei isso antes, com resultados não menos selvagens. Assim, peguei o telefone e liguei para minha cabeleireira a fim de marcar um horário. Dentro de uma hora, eu estava sentada na cadeira do salão. “Faça o que for preciso fazer, mas me deixe bonita outra vez”, implorei.
Ela lavou meu cabelo com xampu e condicionador. Penteou, cortou e secou-o. Quarenta e cinco minutos depois, ela segurava o espelho para que eu visse o resultado obtido.
“Maravilha! Você conseguiu de novo. Muito obrigada!” Eu tinha boa aparência novamente. Uma transformação acabara de ocorrer, mas quanto tinha eu que ver com ela? Nada, exceto resolver ir à especialista e deixar que ela fizesse o que precisava ser feito.
Voltando para casa, pensei: Como isso ilustra a transformação da santificação que pode ocorrer em minha vida! A transformação é obra de Deus, não minha. É o Espírito Santo quem transforma uma pessoa obstinada e selvagem, que insiste em seu próprio caminho, em alguém que seja obediente a Deus, com Seu amor e graça revelados na vida. Nada disso é trabalho meu, tanto quanto a mudança em minha aparência.
O mesmo acontece com a salvação. Minha parte é escolher quem moldará minha vida, é permitir que Deus tenha a liberdade de realizar a transformação que julga necessária. O produto final será, todo ele, obra de Deus, não minha. Quando me olho no espelho da lei de Deus, vejo uma pecadora obstinada e selvagem. Mas, quando permito que Deus trabalhe em mim, olho outra vez o espelho e fico atônita diante do que Ele realizou. É a obra do Espírito Santo que, por fim, me transformará em alguém que realmente se parece com uma filha do Rei.
Dorothy Eaton Watts
Invoca-Me no dia da angústia: Eu te livrarei, e tu Me glorificarás. Salmo 50:15
Por que há enfermidades no mundo? Talvez soframos por causa do nosso estilo de vida e porque existe o pecado. Às vezes, inclusive, temos doenças herdadas, possivelmente de nossos antepassados. Nesse caso, precisamos pedir a Deus que nos perdoe os pecados a fim de sermos curadas. A menos que vamos a Cristo, jamais receberemos essa cura.
Mulheres são suscetíveis a várias enfermidades e fraquezas. Às vezes, desanimamos também e às vezes perdemos a esperança. Por vezes ficamos frustradas e preocupadas com situações familiares, com nossos filhos ou o esposo. Às vezes, não há ninguém para nos apoiar ou ouvir nosso choro, e então clamamos ao Senhor. Ele é sempre o socorro bem presente em nossa necessidade. Tenho experimentado isso pessoalmente.
Certa manhã, vários anos atrás, saí da cama fazendo uma rápida oração e corri para realizar minhas tarefas matutinas. Ao sair do banheiro, de repente senti uma pressão no meu quadril e fiquei incapaz de mover a perna ou dar um simples passo. Fiquei ali, paralisada de dor. Todos ainda dormiam profundamente, e eu precisava de alguém que me segurasse e me ajudasse a sair do banheiro. Pensei em gritar pedindo ajuda. Mas, em vez disso, comecei a louvar a Deus. Simplesmente fiquei repetindo: “Louvado seja o Senhor, pois Ele é bom. Sua misericórdia dura para sempre. Louvado seja o Senhor, que vai tocar no meu quadril e me ajudar a caminhar direito.” Enquanto louvava a Deus, comecei a sentir menos dor e consegui ir lentamente ao meu quarto. Ajoelhei-me perto da cama e orei.
Quando meus filhos acordaram e descobriram minha situação, chamaram o médico. Meus amigos correram e me ajudaram a deitar no chão. O médico veio e me tratou. Sofri bastante até aquela noite. Embora o médico tivesse aplicado duas injeções, eu ainda sentia dor no quadril e nas pernas. Continuei orando pela recuperação. Tenho ouvido pessoas contando que Deus ouviu suas orações e as curou imediatamente, mas nunca obtive esse tipo de resposta. Aquele, porém, que finalmente me restaurou é um Pai vivo e amoroso. É muito maior que qualquer médico terrestre. É Ele quem cura; é Ele a fonte de todo o meu conforto.
Não importa que desafios você enfrenta, clame a Ele em seu dia de tribulação. Ele sabe livrar.
Victoria Jeeva Ponnappa
Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma. Eclesiastes 9:10
A semana havia sido agitada. Além de trabalhar como voluntária na loja da sociedade de combate ao câncer, eu havia tentado terminar um pequeno acolchoado para as crianças enfermas e enchi a caixa que havia começado para elas. Com a minha idade e lentidão, essas atividades e meus deveres domésticos regulares haviam sido o meu objetivo.
Lembrei-me de orar ao estabelecer meu alvo, e li o verso em João 15:5: “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em Mim, e Eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem Mim nada podeis fazer.” Orei para que meus objetivos realmente produzissem fruto.
À medida que a semana avançava, eu cumpria cada tarefa com forças do alto, até perceber que havia negligenciado a leitura da Bíblia naquela manhã. As distrações apareceram no caminho, e parei no meio do dia, afundando numa cadeira para descansar e ler. Já era quase o fim da semana, e me senti um pouco desanimada ao tomar a lição bíblica para aquele dia, e li Eclesiastes de novo. Desta vez, meus olhos caíram sobre o verso 7 do capítulo 9: “Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe gostosamente o teu vinho, pois Deus já de antemão Se agrada das tuas obras.”
A paz me encheu o coração com grandes ondas de conforto, enquanto eu expressava gratidão a Deus por esse verso. Eu havia feito o que podia, e isso fora aceito! Embora me sentisse exausta e desanimada, Deus me enviara paz e a certeza do Seu amor, cuidado e a aceitação de meus débeis esforços no sentido de produzir frutos para Ele.
Então, me lembrei de outro verso apreciado, do qual quase me esquecera: “Ele te declarou, ó [mulher] o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus” (Miqueias 6:8). Talvez esta velhinha já tenha feito o bastante por agora, sabendo que “no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma”, disse comigo mesma, enquanto fechava o livro. Deus, em Sua graça, aceitara meus empreendimentos terrenos.
Bessie Siemens Lobsien
O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá palha como o boi: pó será a comida da serpente. Não se fará mal nem dano algum em todo o Meu santo monte, diz o Senhor. Isaías 65:25
Esta história ocorreu quando eu tinha uns sete anos de idade. Meu pai era pastor/professor numa cidadezinha que uma vez tivera uma igreja e escola missionária. A escola fora fechada, deixando apenas paredes caídas para lembrar aos transeuntes que um prédio havia estado ali. Quando meu pai foi designado para aquela vila, ele deu início a um projeto de construção da escola. Depois de alguns anos, havia uns 20 alunos, e a igrejinha na qual se reuniam não mais podia abrigá-los. Foi então que meu pai começou o projeto de construção. Ele e os membros conseguiram um novo terreno e começaram a construir. Isso, naturalmente, requeria que ele fosse à construção todos os dias para supervisionar a obra.
Num desses dias, meu pai saiu para o local sem tomar o desjejum. Minha mãe ficou muito preocupada e começou a aguardar ansiosamente seu retorno. Mas, quando ficou tarde, ela me mandou ir e chamá-lo para tomar o desjejum. Não era longe do terreno da escola, mas tive que tomar um atalho para chegar lá.
Enquanto caminhava, eu ia cantando para me esquecer de que estava sozinha. Ao longo do caminho, vi um animal que julguei ser um cachorro. Passei por ele e continuei andando. Cheguei à escola e disse ao meu pai que fosse para casa alimentar-se. Enquanto ele dava o toque final ao que estava fazendo, esperei por ele.
Quando voltávamos para casa, começamos a ouvir gritos. Dentro de minutos, vimos muitas pessoas correndo. Minha mãe, no meio delas, veio correndo ao nosso encontro. Era possível notar que ela estava agitada até me ver, quando então desatou num choro de alívio.
O animal que eu vira era um grande gorila. Ele poderia ter-me machucado, mas o Senhor me protegeu. Algumas pessoas capturaram o gorila. Minha mãe, porém, achou que ele podia ter-me atacado, porque eu havia ido pelo mesmo atalho por onde ele viera.
Chegará o tempo em que uma criancinha poderá guiar até mesmo os mais selvagens entre os animais. Chegará logo o tempo em que nosso Salvador voltará para buscar você e eu.
Becky Dada
Bom é o Senhor para os que esperam por Ele, para a alma que O busca. Bom é aguardar a salvação do Senhor, e isso, em silêncio. Lamentações 3:25, 26
As consequências da tragédia de 11 de setembro não foram apenas físicas, sociais, financeiras e espirituais; foram também logísticas, em termos de nossa capacidade de locomover-nos de um país para outro. Sou cidadã canadense, embora atualmente more na Flórida, como portadora do green card. Entrou em vigor uma lei segundo a qual, a partir de janeiro de 2007, todos os que planejam passar pelas fronteiras dos Estados Unidos devem ter um passaporte.
Claramente, era tempo de renovar meu passaporte vencido. Fiz tudo o que se exigia – ou pelo menos assim pensei, até receber de volta o formulário de requisição, um mês mais tarde. Em anexo estava um aviso indicando que faltava um documento. Despachei pelo correio a papelada correta mais uma vez.
Nada aconteceu por mais um mês. Telefonei para o escritório e a mensagem da secretária eletrônica indicava que o processo, que devia ter levado três semanas, estava atrasado por causa de uma quantidade incomumente grande de solicitações. Mais um mês passou, e ainda nada acontecera. Agora as mensagens da secretária eletrônica no setor de passaportes nem mais sugeriam que se deixasse um nome e número de telefone.
Eu sabia que Deus me ensinava uma lição, e orei ainda mais fervorosamente para aprendê-la. Fiquei contente porque não teria que viajar em breve para lugar nenhum, mas ainda assim me sentia ansiosa. Eles estavam com o meu passaporte original, uma cópia do green card e vários outros documentos. Fiquei verdadeiramente amarrada.
Então, numa sexta-feira, a campainha tocou. Era um funcionário dos correios trazendo um envelope grande de Sedex, e pedindo a minha assinatura. Continha meu tão longamente aguardado passaporte, agora atualizado.
Agradeci a lição de paciência que Deus me dera. Agradeço-Lhe ainda mais a promessa de que não existe demora para obter meu “passaporte” para Seu glorioso reino. Preciso apenas seguir Suas instruções quanto à entrada. E, com a ajuda de Deus e a guia do Espírito, estou decidida a fazer exatamente isso. Você responderá, comigo, ao Seu convite?
Carol J. Greene
Recordo-me da sua fé não fingida, que primeiro habitou em sua avó Loide e em sua mãe, Eunice, e estou convencido de que também habita em você. 2 Timóteo 1:5, NVI
Enquanto alisava as rugas da cobertura branca de tecido adamascado, meus pensamentos dispersos se fixaram em minha avó. A lembrança de um coração aberto e braços abertos encheu minha visão. Meus dedos se demoraram sobre fios gastos do tecido. Vi a vovó refazendo a cama de hóspedes para os seus queridos, ou para alguém que ela ainda conheceria. O abraço de boas-vindas da vovó nos envolvia na certeza de que tudo estava bem e de que cada pessoa era querida. Ser especial para a vovó significava saber que éramos especiais para Deus também.
Saindo da nossa cama e passando pelo quarto de hóspedes, nós entrávamos no fascinante quarto de nossos avós. Nós, meninas, colocávamos o edredom sobre nós e nos acomodávamos para mais uma lição sobre a herança dos antepassados. Não que a considerássemos assim na época. “Vovó”, pedíamos, “por favor, conte-nos a história de quando a senhora era...” E começava outra manhã especial com a vovó. As histórias eram sempre positivas, embora ela não omitisse as dificuldades. Sabe, meus avós confiavam em Deus e acreditavam ser apropriado contar aos outros sobre Sua bondade na vida deles.
Herança é algo passado adiante: quadros verbais, atitudes, experiências, desapontamentos e alegrias que moldaram a vida dos avós. Herança – os saltos desafiadores que sou encorajada a dar sobre cada pegada à minha frente.
A avó de Timóteo deve ter sido parecida com a minha. “Recordo-me da sua fé não fingida, que primeiro habitou em sua avó Loide”, escreveu Paulo. Que beleza! Porém há mais. “... e em sua mãe, Eunice, [verdadeira herança] e estou convencido de que também habita em você” (v. 5, NVI). (Uma herança ainda mais rica.) Enquanto Timóteo lia a segunda carta que Paulo lhe escrevera, pergunto-me se ele considerava sua herança como algo de grande valor. Teria passado por sua mente a ideia de proteger bem sua herança para preservá-la?
Herança é um dom a ser usado e transmitido aos mais próximos e a outros mais distantes. Cada vovó e mamãe, tia e irmã, tem uma função em transmitir o melhor de sua vida, permitindo que Deus aumente sua riqueza. Herança é algo passado adiante com deliberada intenção.
Glenise Hardy
Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da Terra. Colossenses 3:2
Paulo escreveu esse texto como conselho aos colossenses, bem como a nós agora. Temos a capacidade de amar, e esse texto diz que devemos amar. Não é um amor cego, além do nosso controle. Tampouco é um amor natural para os seres humanos, pois somos solicitados a amar aquilo que é contra a nossa natureza. Devemos amar as coisas que são amáveis e puras, coisas que são verdadeiras e virtuosas, simples e benignas, e coisas que são ordenadas por Deus, lá no alto.
Vemos coisas em exposição nas vitrines das lojas diariamente ao caminhar pelas ruas em áreas comerciais. Essas exibições atraem e seduzem os olhos. Embora não tenhamos a intenção de fazer alguma compra, ainda paramos diante das vitrines. Depois, entramos na loja. Então, verificamos se temos dinheiro suficiente. Se temos um cartão de crédito, é fácil comprar.
Com bastante frequência, temos o impulso de comprar até aquilo de que não precisamos, simplesmente porque o artigo está em oferta ou é fantástico e o seu preço está dentro do nosso orçamento. Há pessoas que incorrem em dívidas e há lojas que nos estimulam a pagar quando tivermos possibilidade. Com esse arranjo, muitos se tornam escravos dos lojistas.
Paulo nos aconselha a focalizar os olhos nas coisas de cima, não em toda essa exposição. Seria bom se colocássemos em nossa lista de compras apenas aquelas coisas das quais necessitamos, e não comprássemos o que não está na lista. É difícil, eu sei, e por isso oro para que Deus me ajude a não ser gananciosa. Talvez fosse uma boa ideia colocar em nossa lista o nome de uma pessoa carente e um artigo que lhe faça falta. Assim, não precisamos depositar coisas na garagem, mas nas mãos de uma pessoa pobre. Dessa maneira, estaríamos acumulando tesouros no Céu (Lucas 18:22). O verdadeiro tesouro, então, poderão ser essas preciosas pessoas a quem ajudamos.
Lembremo-nos de que Jesus em breve virá e todas essas coisas materiais se extinguirão nas chamas. Agora mesmo, enquanto elas têm seu valor, usemo-las para os pobres e necessitados e para disseminar o evangelho. Dedicar nossa afeição às coisas lá do alto é o único caminho para a paz, alegria e vida eterna.
Birdie Poddar
E lhes enxugará dos olhos toda lágirma, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. Apocalipse 21:4
Nunca pensei que a morte pudesse ser tão repentina, até que meu pai morreu de um ataque cardíaco. Nunca pensei que, numa questão de segundos, eu fosse perder meu pai. Perdi o homem que nos prodigalizara tanto amor e afeição. Ninguém se despediu. Nenhuma palavra foi proferida. Quando vi seu corpo sem vida, tudo o que fiz foi chorar, chorar muito, porque eu sabia que nunca mais veria seu sorriso outra vez. Nunca mais poderia abraçá-lo. Nunca mais contaria a ele minhas alegrias e tristezas. Eu ainda tinha sonhos para ele e minha mãe. Mas ele se foi, e todos esses sonhos jamais se realizariam.
Foi muito difícil aceitar que ele tinha partido para sempre. Quando ele faleceu, pensei primeiro em minha mãe. Como conviveria ela com a perda de seu amado esposo de quase 45 anos? Os dois haviam sido muito próximos. Desde o casamento, nunca houve um tempo em que eles estivessem separados. Haviam cumprido seu voto de ficar juntos na prosperidade e na adversidade. Gostavam tanto da companhia um do outro! Podiam conversar o dia inteiro, sem se cansar de relatar a mesma história vez após vez. Em certas ocasiões, eu me divertia ouvindo-os contar histórias que eu tinha ouvido quando ainda era bem pequena. E agora minha mãe ficara sem o homem com quem havia passado a vida.
O luto dominou nossa família. Minha mãe foi muito afetada pela depressão. Ficou doente e houve ocasiões em que ela deixou de comer e não conseguia dormir. Perdia peso, dia a dia. Achei que a perderia também. Contudo, pela providência e guia de Deus, conseguimos conviver com nossa perda. Ele nos fortaleceu, restaurando nosso espírito abatido. Enxugou as lágrimas dos nossos olhos.
A morte é inevitável. Pode acontecer no momento mais inesperado. Quando ocorre, pode arrasar a família. A intensidade da dor é terrível. Nós, os que ficamos, não devemos perder a esperança. Devemos ser fortes para enfrentar a realidade da morte. Acima de tudo, devemos conservar nossa fé em Deus e em nossa esperança de que algum dia estaremos com nossos queridos outra vez.
Minerva M. Alinaya
Melhor é buscar refúgio no Senhor do que confiar no homem. Salmo 118:8
Queixei-me para minha amiga Betsy: “Assim que a luz do semáforo fica vermelha, as pessoas descem da calçada e começam a atravessar a rua. Não olham e nem mesmo parecem se preocupar em saber quantos veículos estão vindo, a que velocidade, ou se vão parar.” Também notei que a duração do tempo até a mudança de cor varia em diferentes lugares. Mas também é verdade que em qualquer cidade ou estado, na maior parte do mundo, uma luz amarela significa preparar-se para parar. Assim, reduzo a marcha quando a luz fica amarela.
Certo dia, um homem passou na frente do meu carro assim que parei. Eu disse: “O senhor confia no meu breque mais do que eu mesma.” Ele respondeu com um sorriso. Ele não sabia que eu tinha recentemente mandado trocar os freios. Eles estavam funcionando bem, mas quem garantiria que o automóvel fosse parar mesmo? “E se o freio tivesse falhado no momento em que ele passou na frente do veículo?” perguntei a Betsy.
Ela disse: “Quer saber de uma coisa? Acreditamos que o correio e a transportadora entreguarão nossa correspondência mais importante. Cremos que o condutor do trem nos levará com segurança ao destino e confiamos na proteção da polícia. Confiamos em cirurgiões no caso de operações delicadas, em pilotos que nos levarão de avião de uma cidade para outra, oftalmologistas que cuidam dos nossos olhos, farmacêuticos que preparam a dose da nossa medicação, que poderia resultar numa fatalidade – mas temos dificuldade para confiar em Deus.”
A sociedade depende dessas pessoas e acredita que elas executarão suas funções diariamente, e nos perturbamos se não o fizerem no mais alto nível. Deus está sempre em ação. Ele atua sempre no mais alto nível de perfeição. Sabe qual é a nossa necessidade antes que a expressemos. Conhece tudo sobre os nossos segredos. É capaz de consertar qualquer situação em que nos encontremos. O texto bíblico acima é poderoso.
Temos a tendência de contar segredos uns aos outros, mas nem mesmo oramos acerca de determinadas situações, até vermos que nada do que dizemos ou fazemos está operando em nosso favor. Quando tudo mais falhou, levamos a questão a Deus como nosso último recurso. Como seria melhor se confiássemos em Deus em primeiro lugar, você não acha?
Cora A. Walker
Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens, estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações. 2 Coríntios 3:2, 3
Pouco depois do início das aulas do primeiro semestre na faculdade, um dos meus alunos perguntou se eu podia dar-lhe estudos bíblicos. Fiquei encantada, emocionada, porque um aluno me fazia o pedido em vez de eu oferecer-lhe os estudos. Naturalmente, respondi que sim, sem hesitação. E ele trouxe outro rapaz junto quando começamos nosso primeiro estudo bíblico. Senti-me agradecida, porque, apesar do seu pesado programa, esses dois jovens estavam dispostos a passar parte do seu precioso tempo aprendendo acerca do amor de Jesus. Assim, dedicamo-nos aos estudos bíblicos nas tardes de segunda, terça e quarta-feira.
Algumas semanas passaram. Então chegou a Semana de Ênfase Espiritual. No encerramento daquela semana, vi os dois jovens se colocarem em pé, depois do apelo feito pelo orador. Na verdade, não pensei muito no fato de se haverem levantado, até o dia seguinte, quando se puseram em pé na igreja como candidatos ao batismo. Achei que estivesse sonhando, mas ali estavam eles, sendo imersos na sepultura líquida e erguendo-se em novidade de vida cristã. Quando lhes perguntei por que não me haviam contado antes, eles simplesmente sorriram e disseram que estavam prontos para seguir as pegadas de nosso Mestre maior.
Duas semanas antes dos exames de fim de semestre, apliquei uma prova. Ao verificar as folhas, notei que um dos rapazes do meu estudo bíblico havia acertado tudo no teste. Curiosa, perguntei-lhe como ele conseguira, quando a maioria dos alunos daquela turma só havia recebido notas medianas. Sorrindo, ele disse: “Professora, eu estudei bastante e, antes de ir para a cama, pedi que Jesus me ajudasse. Hoje de manhã, depois que a senhora me deu a folha da prova, pedi novamente a Deus que me ajudasse a recordar o que estudei ontem à noite.” Que fé tinha ele!
Então, pensei em como eu vinha tentando testemunhar de Jesus perante a classe toda. Sessenta por cento dos meus alunos não são cristãos. Na verdade, eu havia sido colocada ali como uma carta de Cristo, para ser lida por meus alunos. O que viram eles em mim?
Ofélia A. Pangan
Este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, como testemunho a todas as nações. Mateus 24:14, NVI
Do nosso hotel em Odessa, Ucrânia, era uma caminhada curta até o museu. Talvez a caminhada nos despertasse depois do almoço de cinco pratos, o qual durou duas horas. Essa visita era parte da nossa viagem de estudos na União Soviética. O prédio ficava bem recuado da rua, rodeado por uma área verde de grande variedade. O exterior parecia um belo palácio do tempo dos czares. Entramos e contemplamos um interior revestido de ouro e mármore. Em meio a essa glória, as obras de arte estavam expostas. Num tour especial para nosso grupo, Vladimir, um dos diretores, acompanhou-nos através do museu. Falou com conhecimento, e ficamos impressionados.
Quando paramos diante de um quadro de Maria e o Menino Jesus, ficamos de repente bem despertos. Ouvimos Vladimir contar pormenores do nascimento de Jesus e do significado desse fato para todos os cristãos. Em silêncio, passamos para o quadro seguinte, que era Jesus é Levado Preso. Essa magnífica pintura foi feita por Caravaggio, da Itália. Paramos ali, enquanto Vladimir apresentava a nós, 27 americanos, a história completa do plano da salvação. Todos ficamos cativados por sua apresentação e ouvimos atentamente. No fim da visita, ele apontou para livros do museu, à venda junto à porta da frente. Fomos rapidamente até a mesa. Havia algo naquela experiência que nos fez desejar ter o livro como recordação. Tive vontade de falar com Vladimir. Quando ele ficou livre, apresentei-me como cristã. Ele respondeu: “Sou judeu.”
“Não entendo isso. Nunca ouvi o evangelho pregado num museu – e por um judeu.” Ele me olhou fixamente e disse, com convicção: “Creio que todos devem ter a oportunidade de ouvir a respeito de Jesus Cristo.” Havia tristeza em sua voz ao falar sobre o futuro de seu país e o seu próprio. Quando chegou a hora da despedida, ele tirou do bolso do paletó um pequenino Novo Testamento em inglês, abriu-o e leu para mim: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.” Beijou minha mão e desapareceu no meio da multidão.
Sim, todos devem ter a oportunidade de ouvir a respeito de Jesus Cristo. Não é essa a comissão evangélica?
Dessa Weisz Hardin
Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Romanos 8:1
São 20h40 e o Sol já se pôs, levando para a eternidade mais um sábado. Minha neta de dois anos de idade, Kaila, e eu tínhamos acabado de voltar para casa depois de um maravilhoso dia musical. Havíamos feito o culto de pôr do sol e recebido uma exortação quanto à nova e desconhecida semana.
Kaila começou a cantar. Mal pude entender as palavas – tudo o que consegui decifrar foi “nenhu... con-nação”. Passei a prestar mais atenção e então percebi que Kaila estava tentando entoar um corinho que havíamos cantado antes, ao entardecer: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.”
Uma hora antes de ir ao programa da Sociedade dos Jovens, Kaila estava dormindo profundamente, e a verdade é que dormiu durante o programa todo. Para mim, portanto, foi uma surpresa quando ela começou a cantar. Enquanto íamos a pé para casa, os carros passavam rapidamente e os vizinhos faziam suas compras de última hora antes de voltar para casa. Em meio a todo o trânsito, barulho, conversas e várias atividades em andamento, todos pararam, admirados, para ouvir uma menina de dois anos cantando palavras que ela mal conseguia pronunciar, mas com uma bela melodia.
Ao refletir sobre os fatos do início dessa semana, percebi que em cada prova, tanto em casa como na escola, Deus me dera força suficiente para suportar a pressão, sem me sentir arrasada. Como é maravilhoso saber que, pelo Espírito, podemos viver uma vida sem condenação. É tão fácil sentir-nos enredados pelos desafios diários desta vida que, às vezes, nos esquecemos de que Deus afirma que nunca nos deixará sós, mesmo quando passamos por provas ardentes. “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo” (1 Pedro 4:12).
Querido Deus, graças Te dou pela promessa de que não nos deixarás sós e não nos condenarás quando bagunçamos tudo.
Selene Stewart
Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações. [...] E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. Mateus 28:19, 20
Como conselheira profissional, fui designada como conselheira dos Desbravadores num congresso, com atribuição específica voltada para os Aventureiros, o grupo dos menores. Três dias após o início do congresso, houve um programa de montanhismo durante o qual eu daria uma palestra sobre a natureza, no topo da montanha que devíamos escalar. A serena beleza da cidade ao pé da montanha nos levou a apreciar a Deus.
A vibração fez com que os Aventureiros ficassem pulando de uma extremidade da área até à outra. Embora nenhum se machucasse, nós, adultos, tivemos receio do que poderia acontecer como resultado de suas peraltices. Assim, decidimos descer a montanha pelo mesmo caminho por onde havíamos subido. Um trecho estreito e escorregadio retardou nossa movimentação. Eu precisava ir na frente para ajudar todas as crianças a cruzar aquela parte com segurança. Mas, ai de mim, eu mesma caí.
Depois de limpar o ferimento com água e aplicar-lhe um medicamento, as enfermeiras presentes envolveram minha perna com lenços disponíveis. A esposa de um pastor orou. Mais tarde, um raio X mostrou uma fratura na tíbia. Eu teria que ser operada. O medo elevou minha pressão sanguínea, e por duas semanas tomei remédio contra hipertensão. Minha perna foi endireitada com um suporte, e imobilizada.
Graças a Deus, a pressão voltou ao normal e a operação foi bem-sucedida. A hospitalização durou exatamente dois meses, e depois passei a usar muletas. Cumpriu-se a promessa do Senhor de que “pelas Suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53:5). Nunca cheguei a sentir dor. Todos os pequenos Aventureiros estavam orando por mim, todos os pais deles oravam por mim, e os membros da igreja de toda a Associação estavam orando. Deus ouviu a todos. Louvei ao Senhor. Ele disse: “Eis que estou convosco todos os dias.” Mesmo no meu leito, Deus estava comigo.
As pessoas me cobriam de amor. A equipe médica cuidava de mim com prontidão. Quando recebi alta, outros pacientes choraram; disseram que gostariam que eu continuasse partilhando minha fé e dando-lhes dicas de estilo de vida saudável. Louvado seja o Senhor por eu ter podido tocar aquelas vidas.
Falade Dorcas Modupe
Dirigindo-Se aos Seus discípulos, Jesus acrescentou: “Portanto Eu lhes digo: Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer; nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir. A vida é mais importante do que a comida, e o corpo, mais do que as roupas.” Lucas 12:22, 23, NVI
Moro em Silver Springs, Flórida, e a principal atração turística fica a um quilômetro e meio da minha casa. Sempre compro um passe anual e vou até lá quando quero fazer uma caminhada relaxante, um passeio de barco ou simplesmente ler ou escrever um pouco numa confortável cadeira do atracadouro. Os bichos que lá residem são uma atração a mais.
Outro dia, vi uma coisa impressionante: uma capivara e um gato doméstico se afagando no cercado da capivara, ao ar livre. A capivara, o maior roedor do mundo, é da América do Sul. Pode pesar até 70 quilos. Essa capivara parecia estar se aproximando do recorde de peso.
Fiquei sabendo que o gatinho aparecera vários meses antes. Não permite que ninguém o toque; porém, se mudou para a casa da Capy. É incrível ver o gato encostar-se na Capy, esfregar o focinho nela e aninhar-se junto a ela para um cochilo. Capy, por sua vez, fica placidamente deitada e retribui o que parece ser um carinhoso afago.
Dois belos cisnes negros também vivem na mesma área. Enquanto observava, encantada com a cena, refleti sobre a Nova Terra, onde o leão e o cordeiro se deitarão juntos e todo o medo entre pessoas e animais deixará de existir.
Pensei nas diferenças incorporadas naquela cena: várias cores, espécies, formas, tamanhos e idades, mas todos vivendo sem conflito nem animosidade. Ninguém revelava necessidade de expressar sua importância ou superioridade. Veio-me à mente o verso de 1 João 4:12: “Se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o Seu amor é, em nós, aperfeiçoado.” Isso parece aplicar-se tanto ao mundo animal quanto aos humanos.
Aprendo, diariamente, que a natureza é o segundo livro de Deus, e que muito se pode aprender ao apreciá-lo e deleitar-se nele. Dou-Lhe graças porque Ele nos ama o suficiente para criar todas as coisas extraordinárias da natureza, a fim de que as admiremos. Deus não é maravilhoso?
Dorothy Wainwright Carey
Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus. 1 Tessalonicenses 5:18, NVI
Como dar graças num mundo tão medonho? Como dar graças em meio à fome, tristeza, morte de um ente querido ou tribulação?
A palavra graça significa favor imerecido, atitude que expressa gratidão. Essa palavra foi ensinada pelo grande Mestre e transmitida aos Seus discípulos para auxiliar a humanidade. Ser agradecido é reconhecer a generosidade dos outros, mostrando afeição e gratidão de maneira visível.
Não sei qual será o motivo de sua gratidão a Deus ou ao seu próximo, mas sei que é possível dar graças em todas as circunstâncias. Se o autor desse texto bíblico, mesmo depois de ser espancado e algemado numa posição desconfortável, numa prisão fria e escura na cidade de Filipos, pôde ser agradecido, nós podemos também. É uma questão de atitude. Há pessoas que veem apenas o lado negativo das coisas e não encontram nada positivo. Assuma uma atitude positiva para com sua vida. Mesmo que as coisas pareçam adversas, elas podem ainda contribuir para o bem. Você pode ser alguém com muitos problemas, que tem uma vida turbulenta, e tudo pareça dar errado. Neste momento, você pode perguntar: “Mas vou ser agradecida por que, se não vejo nenhum benefício?”
Há razões para que sejamos agradecidas. Dê graças a Deus pela paz, proteção, abrigo, alimento, vestuário, rosas – e, sim, até mesmo os espinhos –, pelo perdão dos pecados, pela redenção, por Suas maravilhosas promessas e muitas outras razões. Nunca nos devemos esquecer dos muitos benefícios do amor de Deus.
Conserve o coração sempre agradecido, pois essa atitude produz felicidade e saúde. Aumenta a autoestima, abre as portas para o perdão e o infinito amor de Deus. A autora Ellen G. White escreveu: “Coisa alguma tende mais a promover a saúde do corpo e da alma, do que um espírito de gratidão e louvor” (A Ciência do Bom Viver, p. 251).
Qual será a sua atitude ao enfrentar a vida? Peça a Deus que a faça uma pessoa agradecida! Certamente, isso fará de você uma pessoa mais feliz também.
Flávia Tiburtino de Andrade
Portanto, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para a glória de Deus. Romanos 15:7
Aquele foi meu terceiro retiro para mulheres cristãs, e umas 200 mulheres de todas as condições sociais, culturas, filiações religiosas, idades e línguas estavam presentes em Red Deer, Alberta, Canadá. Houve risos, lágrimas, abraços e beijos ao longo daquele fim de semana. Numa parede, eram deixadas mensagens especiais de amor, esperança e ânimo, de umas para outras. Comemos alimento material e participamos do melhor “maná” espiritual que o Senhor tinha para oferecer. Fomos espiritualmente alimentadas, e meu cálice transbordou. Houve muitas razões pelas quais Deus quis que estivéssemos naquele lugar e naquela ocasião. Ele usou mulheres comuns para partilhar Seu amor com as irmãs em Cristo. Fomos desafiadas a conhecer Seu coração e ser Suas mãos.
Durante uma das reuniões, olhei para o rosto das mulheres. Lágrimas corriam pela face de algumas. Outras sorriam, numa tentativa de ocultar a mágoa e dor que sentiam. Algumas revelavam a dor de mães preocupadas com a salvação dos filhos. Outras se enchiam de esperança ao recordar entes queridos que haviam perdido pela morte e que ansiavam ver outra vez. Algumas das mais jovens pareciam querer saber por que suas mães as haviam trazido junto; mas, no fundo, sentiam-se agradecidas por isso. Outras movimentavam a cabeça quando eram vencidas pelo sono.
Embora nosso rosto e nossas necessidades diferissem, tínhamos uma coisa em comum: o amor de Jesus Cristo, e Este crucificado. Era Ele a razão de estarmos ali. Estávamos espiritualmente ressequidas, e precisávamos mitigar nossa alma sedenta com a Água viva. Assim como a mulher junto ao poço, necessitávamos beber da fonte que não seca nunca. Nossa necessidade era banhar-nos em Sua justiça e lavar-nos em Seu sangue.
Como mães, avós, tias, irmãs, professoras, enfermeiras, médicas, assistentes sociais, advogadas, executivas, secretárias ou operárias da construção civil e muitas outras ocupações, somos chamadas. Nosso Pai celeste tem um plano e propósito para nossa vida. Enquanto seguimos a jornada, devemos ser guardadoras de nossas irmãs e reerguer-nos mutuamente. Esforcemo-nos por amar uma à outra de verdade, e levar os fardos umas das outras. É nisso que consiste ser uma irmã genuína.
Existe alguma irmã que precisa de um toque seu? Por que não nos dispormos a tocar a vida de alguém hoje?
Sharon Long Brown
Porque sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperaça e um futuro. Jeremias 29:11, NVI
No início do ano, recebi um livro devocional de uma amiga cristã. Nesse livro, o Senhor me enviou conselhos e auxílio para crer nEle. Li o título, Linda aos Olhos de Deus, e olhei meu rosto no espelho. Vi a face comum de uma mulher madura, que já havia deixado para trás a primeira juventude. Pensei: Quantas pessoas, entre aquelas com quem já entrei em contato durante a vida, “olharam” para dentro da minha alma? Quantas eu rotulei, com base em algum aspecto físico da sua aparência, sem ter a paciência de enxergar o seu íntimo, para ver a semente de luz e beleza que Deus semeara em sua alma? Entendi que Ele me havia criado com muito amor e me dera o Espírito Santo, fazendo com que, dessa maneira, eu me tornasse única. Viu a beleza da alma através dos nossos olhos, olhos abertos para o mundo.
Assim como nas profundezas da terra o carbono se transforma em diamante por meio de uma pressão dolorosa, nós também, com o cabelo branco e o rosto enrugado pelas vicissitudes da vida, adquirimos uma auréola vivificante, vista por aqueles que nos rodeiam. Sinto que a beleza da alma ilumina minha face, e o bom Deus volta para mim Seu rosto com um sorriso perdoador.
Comecei a escrever fragmentos do livro devocional no meu diário. Cada página é uma revelação, mostrando eventos semelhantes àqueles da minha vida. Essas mulheres maravilhosas se dirigem a mim, partilhando sentimentos e o modo pelo qual encontraram solução para seus problemas. Alguns eventos da minha vida se tornaram claros. Entendi que Deus me salvou da morte porque me ama e porque ainda não concluiu a obra que começou em mim.
Lendo todos os dias, não sinto o fardo de meus problemas e cuidados pessoais. Uma escritora afirmou: “Nem todos os dias são bons, mas sou feliz porque estou nas mãos de Deus, e encontrei a paz que excede todo o entendimento.” Comecei a estudar a Bíblia diariamente. Deus me ajuda a compreender Sua Palavra e o fato de que Ele está permanentemente comigo, e assim tenho fome e sede espiritual. Acredito que não acontecerá nada comigo que eu não seja capaz de resolver junto com Ele.
Marilena Iorgulescu
Guardo no coração as Tuas palavras, para não pecar contra Ti. Salmo 119:11
Já experimentou algum período estéril em sua vida devocional? Você sabe o que quero dizer: aqueles tempos em que, não importa o que você leia ou por quanto tempo ore e medite, tudo parece ineficaz. Talvez por causa de um problema que esteja enfrentando ou de uma área da sua vida na qual você esteja falhando e fracassando. Seja qual for a causa, a maioria de nós, numa ocasião ou noutra, se vê diante de uma parede na vida devocional. A pergunta é: O que você faz?
Uma boa amiga, que passou pela experiência de perder a filha adulta, ajudou-me a lidar com esses períodos em minha vida. Ela contou que, após o falecimento da filha, sentiu a necessidade de se concentrar nas palavras de Deus, na Bíblia. Assim, ela passou a escrever à mão o Novo Testamento. Todos os dias, durante o momento devocional, ela escrevia alguns versos bíblicos, em sequência. Perguntei-lhe se também escrevia no diário sobre seus sentimentos diante do que lera, e ela disse que anotava, sim, seus sentimentos e pensamentos.
Ela começou com Mateus, e agora estava no livro de Filipenses. Impressionante! Existe maneira melhor de fixar a mente em Jesus do que ler e escrever Suas palavras inspiradas? Ela disse que o ato de escrever as palavras forçava sua mente a se acalmar e se concentrar em cada palavra, o que não acontecia quando ela simplesmente lia a Bíblia.
Eu sabia que Deus a enviara naquele dia para me visitar e contar o que faz, porque eu me encontrava passando por um desses tempos difíceis na vida devocional e espiritual. Independentemente do que eu fizesse ou lesse, as palavras e os pensamentos pareciam não atingir meu coração. Então, decidi passar meu tempo devocional copiando um dos livros da Bíblia. Orei a respeito disso e me senti fortemente impressionada a copiar o livro de Colossenses. Que livro inspirador! Cada verso tem algo que me toca o coração, fala à minha vida ou me leva a louvar a Deus.
Se você estiver passando por um período estéril na vida espiritual, não se preocupe. Tente copiar as palavras de Deus num diário. Tome tempo para ler e escrever as inspiradoras palavras da Bíblia, meditando nelas. Ao fazer isso, você também estará guardando a Palavra de Deus no coração e, como uma planta, sua fé e amor para com Deus crescerão e florescerão.
Heather-Dawn Small
Quem tem muitos amigos pode chegar à ruína, mas existe amigo mais apegado que um irmão. Provérbios 18:24, NVI
Quantos amigos você tem? Sou grata a Deus pela bênção de ter muitos amigos. “A amizade é uma via de mão dupla”, diz meu esposo. E ele está absolutamente certo! Uma amizade requer tempo, esforço e compromisso dos dois lados, a fim de florescer.
Com que frequência você conversa com seus amigos? Acredito que depende da distância, dos diferentes interesses que vocês têm em comum, e considerações desse tipo. Mas uma coisa é certa: se a amizade deve crescer, precisa ser cultivada.
Algumas amizades requerem cuidado especial. Exigem mais investimento de tempo do que outras. No mundo da alta tecnologia de hoje, é mais fácil do que nunca manter contato com entes queridos e amigos. Um e-mail ou um breve telefonema nos manterão a par do que acontece, mesmo que estejamos a quilômetros de distância.
Certo dia, liguei para uma das minhas amigas. Não atendeu. Liguei mais tarde, com o mesmo resultado. Muitas vezes, durante os dias e semanas seguintes, telefonei, até que por fim disse a mim mesma: Bem, acho que minha amiga está simplesmente ocupada demais.
Você se considera uma boa amiga? Seus amigos podem dizer que você é uma boa amiga? Muitas vezes imagino como meu amigo Jesus consideraria minha amizade e meu compromisso com Ele. Estaria satisfeito com o tempo que passo com Ele? Sua amizade é uma prioridade em minha vida? Ou está Ele chamando, chamando, sem receber uma resposta minha?
Uma coisa é certa: Ele fica feliz quando me chama e eu passo a agir em resposta a Ele, tanto quanto eu fico feliz quando Ele responde às minhas chamadas. Jesus Se alegra quando faço do tempo passado com Ele uma prioridade e quando Lhe dou a oportunidade de nutrir minha alma. Jesus é um amigo genuíno. Você e eu podemos contar sempre com Ele. Pode Ele dizer o mesmo a nosso respeito? Ou andamos ocupadas demais para a amizade de uma vida inteira? Afinal, se pretendo passar a eternidade com Ele, devo querer conhecê-Lo aqui e agora, certo? Como está escrito em Provérbios, “há amigo mais chegado do que um irmão”. Esse amigo, naturalmente, é nosso Salvador, Jesus Cristo.
Rhodi Alers de López
Porque aos Seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos. Salmo 91:11
Em 2001, nossa família participou da viagem missionária do colégio adventista de Okanagan para a Costa Rica. Satanás produziu várias dificuldades antes da viagem; mas, por fim, tudo ficou em ordem e partimos do Canadá.
Ao chegarmos à vila de Jicaral, encontramos mais obstáculos. Primeiro, as casas onde deveríamos ficar eram distantes demais das instalações para cozinhar. Acabamos limpando alguns cômodos atrás da cozinha para as meninas, e os rapazes se alojaram no andar superior.
Fomos para a cama exaustos na segunda noite, na expectativa de um bom sono. Por volta das 2 horas da madrugada, várias meninas estavam ao lado da nossa cama, dizendo: “Na nossa cama, há formigas que estão nos atacando.” Seguiu-se muita agitação, enquanto transferimos metade das garotas para o corredor na frente dos sanitários, permitindo que o exército de formigas marchasse pelo quarto e sobre as malas delas.
Dois sanitários e um chuveiro para um grupo de 30 pessoas eram também um grande desafio. Um casal do nosso grupo ficou no hotel próximo. Foram muito generosos ao permitir que usássemos seu chuveiro, e geralmente deixavam a chave na cozinha, para disponibilizar o quarto mesmo quando não estavam lá.
Na noite de quinta-feira algumas pessoas ainda estavam no canteiro de obras e outros na Escola Cristã de Férias, e decidi tomar banho mais cedo para evitar o congestionamento. Eu não quis deixar os ocupantes do quarto trancados para fora, caso chegassem enquanto eu tomava banho, e deixei a porta sem chavear. Eu me sentia inquieta por causa da porta destrancada, especialmente por ouvir o som alto de vozes no pátio. Eu sabia que havia um quarto ocupado por alguns caminhoneiros, e me pareceu que estavam embriagados. Implorei proteção e pedi que um anjo fosse encarregado de ficar junto à porta, no caso de eles tentarem entrar.
Quando saí do quarto alguns minutos depois, olhei para o pátio e, dito e feito, lá estava um “anjo” sentado à porta. Era Mike, o coordenador de construção da nossa equipe, sentado ali e descansando após um dia de trabalho duro. Coincidência? Não! Sei que Deus mandou um anjo chamado Mike! Você poderia ser um anjo para alguém hoje?
Elizabeth Versteegh Odiyar
Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. Mateus 24:42
A ideia de um incêndio começando em casa e ficando fora de controle me enche o coração de medo, assim como um desastre nacional em que a possibilidade de um incêndio assoma no horizonte. Medidas têm sido tomadas por muitas organizações, a fim de preparar as pessoas sob sua responsabilidade para o caso de que ocorra um incêndio. Assim como acontece nesses treinamentos, acontece no preparo para a vida. Vamos à escola para adquirir educação, conhecimento e habilidade; andamos nas pegadas de nossos antecessores para pavimentar o caminho das relações interpessoais, e assim encontramos o rumo para a maturidade.
No caso de um suposto incêndio, um exercício de treinamento e outras precauções necessárias diminuem a possibilidade de danos e ajudam as pessoas a saber o que fazer. Nossas decisões e escolhas já praticadas nos ajudarão muito nessas emergências.
Tive uma experiência pessoal com esse tipo de treinamento. Ouviu-se o alarme ao longo dos corredores e as moças correram para esvaziar o dormitório. Havíamos sido avisadas, de modo que todas estávamos alerta. Chegara a hora do treinamento e os bombeiros estavam entrando no prédio. Lamentável é que, embora tivessem sido avisadas, algumas pessoas não se prepararam. Algumas correram para pegar objetos que haviam deixado para trás; outras andaram de um lado para outro, como baratas tontas. As moças sob meus cuidados tiveram que aprender como reagir num momento de crise. Infelizmente, nem todas se interessaram, não fizeram questão de participar do que estava acontecendo, e viram aquilo como perda de tempo. A presença da preceptora fez a diferença, e num instante estavam todas fora do prédio e dentro da designada área de segurança. Objetivo atingido, mas não sem comoção e nervosismo.
O treinamento para o caso de incêndio é uma experiência e um exemplo concreto dos dias atuais, e, como ocorre no exercício, somos avisadas cada dia sobre a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e deveríamos estar preparadas o tempo todo. É um preparo individual, que trata das questões do coração.
Que nosso Pai celeste nos ajude a conhecer Sua voz e a responder quando Ele chama, a fim de que estejamos preparadas para um evento tão importante.
Elizabeth Ida Cain
Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. 1 Tessalonicenses 4:16
Minha amiga Jennifer faleceu há dois dias. Fui apresentada a ela por uma amiga, há quase 20 anos. Sou grata a Deus por ter-me permitido conhecer uma pessoa tão bonita e querida. Ela havia sofrido por muitos anos de uma enfermidade ou outra, e estava fazendo diálise.
Toda vez que ela era hospitalizada, eu lhe falava acerca de acertar todas as coisas com Deus. Depois de ela ter sofrido uma parada cardíaca, falei com ela no dia seguinte. Ela disse que percebeu e ouviu tudo o que os médicos fizeram durante a emergência. Ela estava preocupada com suas contas a pagar, e eu a ajudei a entregar tudo ao Mestre. Do tempo em que trabalhei na unidade de terapia intensiva, anos antes, eu me lembrava de que, se um paciente volta muito rapidamente à consciência após uma parada cardíaca, não é bom sinal. Naquela noite, tomei tempo para falar com Jennifer outra vez a respeito de sua salvação. Roguei que ela se esquecesse das contas e entregasse a vida a Deus. Ela insistiu que devia dinheiro a Ingrid e eu lhe disse que pagaria essa conta em seu nome. Eu disse que Deus precisava tomar conta da vida dela; Ele havia providenciado para que ela estivesse num hospital diferente, onde podia desfrutar a natureza, receber bom atendimento das enfermeiras e a paz e quietude que ela tanto merecia. Jennifer admitiu que isso era verdade e que o atendimento era excelente. Eu lhe disse que, depois de todos os problemas de saúde e dificuldades que enfrentara na vida, seria triste se ela não chegasse ao Reino. Ela admitiu que isso também era verdade. Falamos um pouco mais sobre a Bíblia e Deus. Então, orei para que tudo estivesse bem e que a vontade de Deus se fizesse. Chamei depois outra amiga dela, de longa data, e a incentivei a visitar Jennifer e orar com ela também. Ela fez isso.
Todos nós sentiremos sua falta. Ela era o tipo de pessoa que ficava feliz com qualquer pequena atenção que lhe dispensássemos. Estou convencida de que ela acertou tudo com o Mestre. A dor que ela sentia era forte, mas Jennifer não sofre mais. Espero vê-la novamente quando Deus buscar Seus filhos. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).
Irisdeane Henley Charles
Então, Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo. João 12:3
Todo o mundo gosta de perfume – bem, quase todo o mundo. Gosto muito de usar perfume. Um dia, o frasco do meu perfume estava vazio, e decidi usar um pouco da colônia do meu marido. Vi um frasco bonito, em forma de maçã, e rapidamente tirei a tampa e borrifei a colônia sobre meu corpo. Depois de algum tempo, comecei a notar um odor forte, que detestei. Parecia que aquilo tomara conta de mim. Eu não queria chegar perto de ninguém, pois estava usando uma fragrância forte e, ainda por cima, desagradável.
Naquela noite, voltei para casa com uma intensa dor de cabeça. Perguntei ao meu esposo: “Que é aquele frasco que você guarda no seu guarda-roupa?” Ele me disse que não era colônia – era um aromatizador de armário.
Cada cristão é um frasco vivo de perfume. Quando o amor de Cristo é derramado dentro de nós, ele deve difundir a fragrância ao mundo todo. Às vezes, atarrachamos a tampa e conservamos o frasco fechado, e assim ninguém sabe que somos cristãos genuínos. Podemos dizer que somos cristãos há muitos anos e podemos até frequentar regularmente a igreja, devolver dízimos e dar ofertas. Mas não temos relacionamento com Deus, não temos perfume para exalar.
Não devemos jamais ser um perfume que cheire mal. Um perfume como esse deve ser jogado no lixo, não importa quanto dinheiro tenha sido gasto com ele. Muitas de nós olhamos apenas a aparência exterior do frasco, assim como aconteceu comigo. O frasco pode trazer no rótulo um nome de marca, e, a menos que removamos a tampa, não poderemos dizer se é genuíno. E se não removemos o pecado do coração, não podemos difundir o amor de Cristo ao mundo.
Quando Maria tomou uma libra do caríssimo nardo e ungiu os pés de Jesus, enxugando-os com seus cabelos, a casa se encheu com o aroma do bálsamo. Assim, exalemos o amor de Cristo ao mundo.
Deus a ajude a ser um genuíno e vivo frasco de perfume para Cristo, cheio da fragrância do Seu amor para com os outros.
Hepsy Lincoln
Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar. 1 Samuel 15:22
Eu tinha 12 anos de idade quando uma das primas de minha mãe se casou. Em minha cultura, espera-se que os parentes ajudem nos preparativos para esses eventos especiais. Minha mãe não podia ir porque tinha filhos pequenos em casa. Minha irmã mais velha queria muito ir, mas mamãe mandou que eu fosse no lugar dela. A família morava a uns bons quilômetros de distância, e eu precisaria passar uma noite ou duas lá. Não fiquei muito satisfeita em me distanciar de casa. Quando cheguei, já havia uma multidão na residência. A família era rica e tinha uma casa grande. Eu era tímida e fiquei nervosa, pois não conhecia todos os parentes. Uma prima mais velha tomou conta de mim, e fiquei contente com a companhia dela.
O dia seguinte era o dia do casamento. Após o desjejum, o pai da noiva reuniu as mulheres da família em seu quarto. Trancou a porta e abriu um grande cofre que estava no quarto, pegou muitas joias e as espalhou sobre a cama. Suas filhas, então, entregaram colares e outras joias a cada uma de nós, para serem usados apenas naquele dia. Quando chegou minha vez, ela disse: “Este pequeno colar é para você.” Quando eu lhe disse que não usava essas coisas, todos ficaram espantados. Tentaram com insistência persuadir-me a usá-lo, mas foi inútil. Então, falaram sério e declararam firmemente que eu precisava usá-lo, só naquele dia.
Fiquei assustada. Então, apelaram para outra tática. Com toda a gentileza, adularam-me e disseram que eu podia levá-lo para casa, e ele seria meu para sempre. Rejeitei todos os seus oferecimentos. Todos os olhos estavam fixos em mim, e me senti como criminosa. Queria fugir dali. Então, alguém disse: “Deixem-na em paz”, e aceitei um xale que me deram para usar no casamento.
Quando minha mãe e irmãs chegaram à tarde para a cerimônia, corri e abracei minha mãe, chorando. As dificuldades daquela manhã tinham sido demais para mim. Mamãe pôs a mão na minha testa e disse que eu estava ardendo em febre. Eu lhe disse que queria ir para casa, e minha irmã ficou felicíssima em ocupar meu lugar quando mamãe e eu partimos. Uma vez em casa, ela me deu algo para comer e me pôs na cama. Na manhã seguinte, eu estava bem.
Fiquei feliz por ter feito aquilo que acreditava ser a vontade de Deus, embora nem entendesse tudo ainda.
Birol Charlotte Christo